livro
Porto, F; Amorim W. História da Enfermagem. Identidade, profissionalização e símbolos. São
Paulo: Yendis, 2010. 478 p.
Paulo Fernando de Souza Campos1
A recente publicação do livro organizado por Fernando Porto e Wellington Amorim evoca o debate em torno de uma área temática considerada importante nos meios acadêmicos da enfermagem brasileira, qual seja, a história da profissionalização da arte e ciência do cuidado. O trabalho esmerado destaca a produção recorrente no campo da identidade profissional e evoca não somente símbolos historicamente construídos para a mais nobre profissão da era moderna, que se apresenta na contemporaneidade como imprescindível ao futuro das sociedades, mas traduz sua progressão no mundo contemporâneo, avançando desde o ícone da enfermagem nacional, Ana Justina Ferreira Nery, voluntária na Guerra do Paraguai, aos problemas de saúde atuais, assim como a atuação no tempo presente de profissionais enfermeiros em espaços consagrados do cuidado: os hospitais. Como avaliado nos onze capítulos que compões a obra, a história da enfermagem não se restringe ao estudo do passado como algo isolado e dissociado das práticas que formalizam a assistência, mas indica como o conhecimento do passado interfere poderosamente na orientação e cotidiano do trabalho do enfermeiro. A primeira vista, o livro se apresenta como resultado de estudos desenvolvidos junto a Universidade Federal do Estado do
Rio de Janeiro – UNIRIO, sintomaticamente, ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem –
PPGEnf, pois as enfermeiras que participam do livro como autores, foram ou são alunas de
Graduação e Pós-Graduação, assim como membros do Laboratório de Pesquisa em História da
Enfermagem – LAPHE/UNIRIO, cujos textos remetem para estudos desenvolvidos nesse espaço pioneiro de formação profissional da enfermagem brasileira, fundado em 1890. A importância da obra reside, ainda, na participação de autores colaboradores Doutores, Professores Titulares e