sóror juana
Sóror Juana Inês de La Cruz (1651-1695) foi uma poetisa mexicana, que revolucionou os ideais de seu tempo, além de ser mulher e ter uma vida familiar conturbada, Sor Juana voa alto com as asas da mente se tornando uma grande figura principalmente no campo cientifico apesar dos preconceitos que sofrera, Pode-se dizer ainda, que ela encarna a imagem do místico e o sagrado, apesar de estar dentro de um convento mais suas ideias revelam mais do que ela mesma esperaria.
Um dos grandes marcos de sua história foi a carta Atenagórica escrita m novembro de 1690 que se caracteriza como um exercício de reflexão elaborado a partir da leitura de um sermão do Padre Antônio Vieira, a “Carta”, diferentemente do “Sermão” foi escrita com a finalidade teológico-ortodoxa, ou seja, para discutir, argumentar e provar.
Há todo um jogo de palavras muito bem manipulado por Sóror Joana A linguagem da Carta é simples, as frases são curtas e os argumentos fixados de forma bastante objetiva, num texto teológico polêmico e denso. E Vieira poderia apenas fazer parte de um exercício retórico em torno de duas proposições dissonantes, dentro de uma polêmica já colocada. Mas, a partir do momento em que a Carta Atenagórica foi escrita, a questão tornou-se problemática, porque se instaurou um debate argumentativo entre o reverendíssimo P. Antônio Vieira e a religiosa professa no monastério.
Sóror Juana ressalta com ironia na Carta, a indignidade de seu sexo e acrescenta ela mesma foi apenas um “frágil instrumento” com que Deus castiga a soberba do autor jesuíta. Quanto à instrução a mulher ao saber profano. Seu relato fala de sua infância e sua sede por conhecimento, suas leituras na biblioteca do avô, seu amor aos estudos e sua escolha pela vida de religiosa. Argumenta também que sem a lógica, retórica, música, geometria, história, direito, mecânica e uma infindável gama de ciências, é impossível entender determinados trechos das Escrituras Sagradas.
Sóror Juana, em sua