Livro Divergente
TRADUÇÃO
Lucas Peterson
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Para minha mãe, que me presenteou com o momento em que Beatrice percebe a força de sua mãe e se pergunta como não a havia percebido antes.
SUMÁRIO capítulo um capítulo dois capítulo três capítulo quatro capítulo cinco capítulo seis capítulo sete capítulo oito capítulo nove capítulo dez capítulo onze capítulo doze capítulo treze capítulo quatorze capítulo quinze capítulo dezesseis capítulo dezessete capítulo dezoito capítulo dezenove capítulo vinte capítulo vinte e um capítulo vinte e dois capítulo vinte e três capítulo vinte e quatro capítulo vinte e cinco capítulo vinte e seis capítulo vinte e sete
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capítulo vinte e oito capítulo vinte e nove capítulo trinta capítulo trinta e um capítulo trinta e dois capítulo trinta e três capítulo trinta e quatro capítulo trinta e cinco capítulo trinta e seis capítulo trinta e sete capítulo trinta e oito capítulo trinta e nove
Agradecimentos
Créditos
capítulo um HÁ UM ÚNICO espelho em minha casa. Fica atrás de um painel corrediço no corredor do andar de cima. Nossa facção permite que eu fique diante dele no segundo dia do mês, a cada três meses, no dia em que minha mãe corta meu cabelo.
Sento-me em um banco e minha mãe permanece em pé atrás de mim com a tesoura, aparando. Os fios caem no chão, formando um anel loiro e sem graça.
Ao terminar, ela afasta os cabelos do meu rosto e os amarra em um nó. Reparo em como parece calma e em como está concentrada. Ela tem muita experiência na arte de perder-se em pensamentos. Não posso dizer o mesmo de mim.
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Espio minha imagem no espelho quando ela não está prestando atenção, não por vaidade, mas por curiosidade. Um rosto pode mudar muito em três meses. No meu reflexo, vejo um rosto estreito, olhos grandes e redondos e um longo e delgado nariz. Ainda pareço uma criança, apesar de ter completado dezesseis anos em algum momento dos últimos meses.