Lentes esféricas
Introdução
Você certamente conhece alguém que precisa usar óculos para enxergar melhor, talvez você mesmo. Os primeiros óculos de que se tem noticia destinavam-se a pessoas que não conseguiam ver bem os objetos próximos dos olhos. Na Grécia antiga, filósofos usavam vidros côncavos para ler melhor. No século XVI, a luneta de Galileu ajudou a revolucionar nossa concepção do Universo. Uma lupa é capaz de aumentar muitas vezes os objetos vistos através dela. Óculos, lupas e lunetas são apenas alguns dos instrumentos cujo funcionamento se baseia no conhecimento das propriedades das lentes esféricas. Figura 1 - Lupas são instrumentos ópticos constituídos por lentes esféricas - GABOR NEMES / KINO - Imagem retira do livro Conexões com a Física - Volume 2 - 1ª Edição. Lentes esféricas
Uma lente esférica é um conjunto de três meios homogêneos e transparente, separados por duas superfícies esféricas, ou por uma superfície esférica e outra plana, como mostra a figura 2.
Figura 2 - Uma lente de vidro imersa no ar é o exemplo mais comum de lente esférica - Luiz Rubio - Imagem retira do livro Conexões com a Física - Volume 2 - 1ª Edição. Na maior parte das lentes, os meios internos são o vidro ou plástico. Mas uma gota de água rodeada de ar ou uma bolha de ar imersa na água também podem se comportar como lentes.
O comportamento óptico das lentes fundamenta-se nos princípios da refração. A luz, ao incidir na superfície entre o meio externo à lente e o material que a constitui, sofre uma primeira refração. Ao retornar para o meio de origem, refrata novamente.
As lentes esféricas que tem a duas faces convexas são chamadas biconvexas; se tiverem as duas faces côncavas, serão denominadas bicôncavas. Além dessas configurações, existem ainda as lentes plano-convexas, plano-côncavas, côncavo-convexas e convexo-côncavas (figura 3). Figura 3 - A figura representa a classificação dos tipos de lente quanto à geometria de suas