Livre
Hoje, nos parece extremamente necessário discutir o que vem a ser liberdade, frente aos ataques que temos a ela. De um lado o Estado, que nos coagi a irmos votar, nos proibi o aborto, nos enche de impostos, protege os ricos... De outro a criminalidade, que como vemos em alguns lugares do país, tenta assumir o papel do próprio Estado. Mas o que vem a ser a liberdade? Existem duas grandes correntes que definem essa palavra: a liberal e a libertária.
Na liberal destacamos os autores clássicos como John Locke (1632-1704) e Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). Para esses a liberdade esta na natureza, no ser humano em seu estado natural e a sociedade vem surge e a roubá-la.
Segundo John Locke isso é positivo, pois assim ficamos livres das barbáries da liberdade arbitrária. Segundo ele, através do contrato social temos garantida a propriedade privada, as nossas vidas, frente da incerteza da liberdade alheia.
Já Rousseau não concorda com Locke. Para ele devemos voltar ao nosso estado de natureza, onde o homem bárbaro não dobra sua cabeça e não deixa sua dignidade ser levada embora pela comodidade da civilização que tenta o dominar. Rousseau vai além e coloca que a “renuncia da liberdade é a renuncia da qualidade de homem”.
De outro lado, com outro referencial de liberdade, aparecem os libertários, com o francês Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865). Para este, quanto mais simples o organismo, mais é regido pela necessidade; quanto mais complexo, mais é influenciado pela espontaneidade. Nesse sentido o ser humano seria o organismo mais repleto de espontaneidade, apesar deste não ser pura espontaneidade, pois também possui as necessidades.
Para Proudhon há dois tipos de liberdade. Aquela experimentada pelos bárbaros, sem sociedade desenvolvida, pensando que se basta em si mesmo. A outra seria a liberdade composta, para ele, a verdadeira, que é vivida em sociedade. Essa liberdade é resultado da convergência de várias liberdades individuais que se