Literatura e ensino

O autor inicia o texto falando sobre a lei 5692/71, a qual esteve em vigência no período em que a maioria dos professores ativos hoje, ingressaram no magistério. Por esse motivo, as práticas de ensino de literatura no Brasil foram construídas durante a vigência de uma concepção tecnista de ensino. Segundo o autor, a prática de literatura mais comum hoje, consiste em primeiramente circunscrever o conteúdo a ser desenvolvido no ensino médio em dois domínios essenciais. Já nas primeiras aulas do 1º ano do ensino médio, os alunos estudam conceitos como linguagem literária/linguagem referencial, gêneros literários, versos e prosa. Considerando-se que o aluno está preparado para lidar com um novo objeto, a prática se direciona para outro texto literário de época. Ainda segundo o autor, o aluno quase sempre participa do processo de forma passiva, ou seja, apenas recebe informações do professor. O aluno só participa desse processo no final, quando lhe é solicitado responder algumas perguntas formuladas seja pelo professor, seja pelo livro didático. Os professores do ensino médio reclamam frequentemente da falta de tempo para abordar profundamente as inúmeras obras e autores. Isso também ocorre com professores de cursinho, que tem que dar conta ás vezes de um único conteúdo em apenas duas aulas. Sendo assim fica claro que tanto os professores de cursinho, como o material didático, opta pelo resumo, pelo esquema. As escolas particulares estão aderindo á apostilas de cursinhos vestibulares nas 3 séries do ensino médio. Além dos interesses pedagógicos que as escolas particulares tem com os cursinhos, há também o interesse econômico, já que a comercialização das apostilas, dá lucro aos donos de escolas particulares. Os cursos preparatórios para o vestibular, que tem sua prática pedagógica, centrada na revisão de conteúdos, acabou chegando dentro da escola regular e alterando o paradigma do que déia ser uma sala de aula no ensino médio. Sendo assim, o