Literatura infantil
Conceitos importantes
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Como situar a literatura infantil no quadro conceitural dos gêneros literários? Segundo a classificação proposta por Nelly N. Coelho (2000) temos:
• Gêneros (formas geradoras): poesia, ficção e teatro.
Gênero é a expressão estética de determinada experiência humana de caráter universal: a vivência lírica (o eu mergulhado em suas próprias emoções), cuja expressão essencial é a poesia; a vivência épica (o eu em relação com o outro, com o mundo social), cuja expressão é a prosa, a ficção; e a vivência dramática, cuja expressão básica é o diálogo, a representação, isto é, o teatro.
• Subgêneros (formas básicas):
a) Elegia, soneto, ode, hino, madrigal, etc. (poesia)
b) Conto, romance, novela, literatura infantil (ficção)
c) Farsa, tragédia, ópera, comédia, etc. (teatro)
As formas básicas de ficção diversificam-se em categorias (dependendo da natureza do tema da matéria ficcional): ficção científica, romance policial, novela de aventuras, romance de amor, narrativa satírica, paródia, biografia, romance histórico, etc.
De acordo com essa classificação, a literatura infantil pertence ao gênero ficção, o qual abrange toda e qualquer prosa narrativa literária. A literatura infantil ocupa um lugar específico no âmbito do gênero ficção, pois se destina a um leitor especial, em formação, passando pelo processo de aprendizagem inicial da vida. Daí o caráter pedagógico (conscientizador) que, de maneira latente ou patente, é inerente à sua matéria. E também, ou acima de tudo, a necessidade de ênfase em seu caráter lúdico.
Há formas narrativas que vêm, desde a origem dos tempos, que podem ser consideradas como pertencentes ao gênero da ficção, definidas como FORMAS SIMPLES: fábula, apólogo, parábola, alegoria, mito, lenda, saga, conto maravilhoso, conto de fada, conto exemplar, conto jocoso, etc.
Formas simples são narrativas que há séculos surgiram anonimamente e passaram a circular entre