Literatura Infantil
1) A raposa e o bode – Conto Exemplar
Uma raposa caiu em um poço e foi obrigada a permanecer ali. Um bode, levado pela sede, aproximou-se do mesmo poço e, vendo a raposa, perguntou-lhe se a água estava boa.
E ela, regogizando-se pela circunstância, pôs-se a elogiar a água, dizendo que estava excelente e o aconselhou a descer.
Depois que, sem pensar e levado pelo desejo, o bode desceu junto com a raposa e matou a sede, perguntou-lhe como sair. A raposa tomou a palavra e disse: “Conheço um jeito, desde que pretendas que nos salvemos juntos. Apóia, pois, teus pés da frente contra a parede e deixa teus chifres retos. Eu subo por aí e te guindarei.”
Tendo o bode se prestado de boa vontade à proposta dela, a raposa, subindo pelas pernas dele, por seus ombros e seus chifres, encontrou-se na boca do poço, saltou e se afastou.
Como o bode a censurasse por não cumprir o combinado, a raposa voltou-se e disse ao bode: “Ó camarada, se tivesses tantas ideias como os fios de barba no queixo, não terias descido sem antes verificar como sair.”
ESOPO. Fábulas completas. Tradução direta do grego, introdução e notas por Neide Smolka. São Paulo: Moderna, 1994.
INVARIANTES VARIANTES
1. Desígnio A raposa cai em um poço.
“Uma raposa caiu em um poço e foi obrigada a permanecer ali.”
2. Viagem A raposa vai ate o poço.
3. Desafio ou Obstáculo Sair do poço.
4. Mediação A raposa usa o bode para sair do poço.
“Apoia, pois teus pés da frente contra a parede e deixa teus chifres retos.”
5. Conquista do objetivo A raposa consegue sair do poço usando o bode.
“a raposa, subindo pelas pernas dele, por seus ombros e seus chifres, encontrou-se na boca do poço, saltou-se e se afastou.”
2) A princesa e a ervilha – Conto Jocoso
Era uma vez um príncipe. Ele desejava