Cosmologia de Platão
Cosmologia de Platão
Ele começa a sua explicação definindo o ser do Universo, sendo de dois tipos: um que sempre existiu e sempre irá existir, sem início ou fim, imutável e sempre igual a si mesmo. E outro, que tem um início, e uma causa, pois nada pode originar-se sem causa, e que está em constante mudança. Platão se pergunta se existiria um só mundo ou vários mundos. Como ele parte de que o mundo é formado da imagem do ser divino, ele tem que ser um e completo, e não existir mais de um mundo. Como a divindade construiu o mundo à imagem e semelhança do ser perfeito, foi-lhe atribuída a mais perfeita das formas e a mais semelhante a si mesma, a esférica, cujas extremidades é igual a do ponto central. Deu-lhe então o movimento que seria mais natural fazendo-o girar em torno de si mesmo. Platão indaga então qual o princípio das coisas que compõem esse Universo, dado que os elementos fogo, terra, água e ar já existiam antes do nascimento do céu, e quais eram as suas propriedades. Sua primeira observação diz respeito à transitoriedade desses elementos observados na realidade: a terra se transforma em ar com o vento, o ar se transforma em fogo quando inflamado, a água vira pedra ao se condensar. Assim não podemos designar as coisas por esses elementos, mas sim pelas suas manifestações momentâneas. Platão se pergunta se fogo, água, terra e ar, existiriam por si mesmos, ou se são apenas ilusões dos sentidos. Ele sugere que se elas existem por si mesmas então a opinião verdadeira e a inteligência constituem gêneros distintos: "Precisamos reconhecer que se trata de coisas diferentes, por terem