Literatura Infantil
A valorização do uso de imagens para a criança foi evidenciada e comprovada a partir dos estudos e pesquisas no âmbito da Psicanálise, que apontaram as imagens como meio de propiciar relações de prazer, de descoberta e conhecimento do mundo físico e social.
Considerando que a linguagem das imagens é adequada a essas finalidades, pedagogos e educadores demonstraram empenho para contemplá-las em atividades didáticas que possibilitassem à criança participar do processo de ensino e aprendizagem de forma ativa e significativa.
Neste sentido, baseado na perspectiva de uma aprendizagem inovadora e contrária ao sistema tradicional de educação, a partir dos anos 20, o educador e orientador pedagógico francês Paul Faucher idealizou os álbuns de figuras para as crianças com a finalidade de sua inserção no mundo da literatura infantil.
A autora Nelly Novaes Coelho (2000, p. 188) evidencia essa finalidade ao expressar que:
Portanto, o álbum de figuras, tal como foi concebido por Paul Faucher (e realizado por uma equipe de profissionais ligados à Educação) visava (e visa...) tornar-se um veículo de educação ativa, capaz de tocar diretamente a imaginação e a inteligência das crianças, de maneira muito mais eficaz do que qualquer dos meios usados até então. E mais, estimular também a atividade motriz de seus corpos e mãos.
Paul Faucher, conhecido também como Père Castor, elaborou os Albums du Père Castor, cujo título foi traduzido do francês para "Álbuns do Pai Castor". Essas coletâneas de álbuns de figuras trouxeram reflexos de renovação da literatura destinada ao pequeno leitor na Europa e nas Américas, dada a sua ampla divulgação e editoração na França, com 25 milhões de coletâneas vendidas e 72