literatura homoafetiva
IGUATU II (GDE)
Sou estudante de Literatura e o tema abordado foi a Literatura Homoafetiva, nas aulas de Literatura do 3º ano do ensino médio na Escola Francisco Holanda Montenegro, alunos com faixa etária de 18 anos acima. Não trabalho em sala de aula como professora, embora estou concluindo minha licenciatura, então pedi autorização a professora da turma e ela abriu o espaço gentilmente para que eu ministrasse 2 aulas de 50 minutos.
No primeiro momento quando estava na sala, me apresentei como estudante de Literatura e que estava na sala deles, para ter uma aula “diferente” com eles, e que o tema ia ser sobre homossexualidade e que como era aula de literatura iriamos estudar sobre a Literatura Homoafetiva, fiz perguntas sobre o assunto e responderam timidamente.
Comecei falando com eles que embora o tema homossexualidade só tem se debatido nessas últimas décadas, na literatura muito antes á tinha marcas de expressão do pensamento, sobre toda essa quebra de preconceitos, e que a forma que são tratados por ser considerados “diferentes” dos demais.
Continuei falando que o tabu no Brasil é antigo isso talvez explique a inexpressividade tamanha nas décadas anteriores sobre o tema homossexualidade. Era tão grande que os principais livros publicados acabaram se tornando clássicos da temática. Falei também que um dos primeiros romances em língua portuguesa a falar tão abertamente da homossexualidade masculina chamava-se Um homem gasto (1885) do carioca Ferreira Leal. O livro, que na época circulava apenas pelas livrarias mais populares do Rio de Janeiro, contava a história de um homem de classe média que ia contra os seus desejos homossexuais e casava-se com uma mulher.
Dez anos depois veio ao público Bom-Crioulo (1895) do Adolfo Caminha, considerado por muitos uma das primeiras obras homoafetivas brasileiras. O livro foi recebido com silêncio pela