Literatura comparada
Introdução à Literatura Comparada:
Autor, autoridade e autoritarismo
( Relatório 1 de 3 – Palestra : Memórias Póstumas de Braz Cubas)
Belo Horizonte
2014
Memórias Póstumas de Braz Cubas
(Luto e melancolia de Braz Cubas)
Um: Mil e uma noites: Comentou a prática de Sherazade, sábia e inteligente. Dois: Óbito do autor: que ajudou o Sultão a vencer o luto- ficou o lema: Narra-se para não morrer.
Braz Cubas se intitula defunto autor nesta obra, inclui sua falsificação de identidade, morte metafórica, morte referencial do autor. Ao colocar-se em séc. XIX e XX, sarcástico e com melancólico, assume a estrutura narrativa memorial póstumo (nesta oportunidade a palestrante cita a obra: sotiris ninis peças, que existe entre os gregos e os leitores no Brasil ainda se surpreendem, pela criatividade e fecundas ideias de Machado nesta leitura). Um diferente método: Ele não é como se esperava (Não é Machado, é Bráz) não propriamente um autor defunto, mas sim, um defunto autor, aquele que acampa uma sepultura – Machado rompe com uma tradição de leitura e quebra o horizonte expectativa do leitor, com esta obra inusitada.
A palestrante aborda e explana a os recursos de linguagem presentes na obra, como a metáfora, metonímia e paradoxo são observados. Para melhor detalhar o uso de tais recursos citou trecho da obra: “... em que acampa em lugar de sepultura, em lugar de morte.” – Neste trecho, analisou-se o significante feito ao juntar figuras em um único trecho e o quanto a obra se faz rica.
Lemos posteriormente: “Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim – o autor inverteu a estrutura e ao invés de incidir pelo nascimento, ele começou pela morte.
Obs¹: Braz narra para não morrer, ele quer continuar vivendo através do livro que escreve, não somente dar continuidade ao que ele foi e deixar um registro, é mais que isso! O narrador só existe como narrador quando o leitor se entende como