Literatura Angolana
Os primeiros registros de produção escrita de um autor natural de Angola remontam ao século XVII. Sem querer dizer que não houvera literatura angolana antes desta época, a literatura de cunho marcadamente tradicional que conhecemos tinha, não obstante, uma característica determinante: a de ser oral. Por que só a partir dos primeiros escritos conhecidos pudemos ter algum conhecimento concreto sobre o assunto.
Um dos primeiros escritos da literatura oral, segundo Carlos Ervedos, em seu "Roteiro da Literatura Angolana", por Saturnino de Sousa e Oliveira e, Manuel Alves de Castro Francina, um brasileiro e um angolano que, em seu livro, editado em 1864, Elementos Gramaticais da Língua Nbumdu, nos oferecem vinte provérbios em kimbundu(língua originária da região de Luanda e do centro e norte de Angola).
Em 1885, desembarca em Luanda o suíço Héli Chateilan, missionário dotado de uma vastíssima e sólida cultura que ensinaria bastante sobre a importância do conhecimento público da literatura tradicional angolana.
Depois de Héli Chateilan, outro nome se converteu em referência obrigatória no estudos da literatura tradicional: Oscar Ribas. o epítome de seus trabalhos de investigação se encontra reunido em Missosso, conjunto de três volumes. O primeiro nos apresenta vinte e seis contos e quinhentos provérbios; no segundo, a psicologia dos nomes, culinária e bebidas, passatempos infantis, vozes de animais e epistolário; o terceiro e último nos oferece adivinhações, canções, súplicas,