Lisossomos
No complexo de golgiense desprendem-se vesículas cheias de enzimas digestórias, que podem ser exportadas pela célula ou promover a digestão de substâncias englobadas por Fagocitose ou Pinocitose. Essas pequenas vesículas são denominadas lisossomos. Quando um glóbulo branco do sangue humano ou uma ameba englobam uma bactéria ou uma partícula alimentar por fagocitose, emitindo pseudópodes, formam-se no interior da célula, vacúolos denominados fagossomos. Então os lisossomos aproximam-se do mesmo e com ele se junta, liberando enzimas digestórias. O chamado vacúolo digestório. A digestão do material ingerido e a absorção das substâncias aproveitáveis pela célula, ocorrem no interior do vacúolo digestório. Após esta absorção das partículas úteis, restarão no interior do vacúolo digestório, resíduos, que devem ser eliminados para o meio externo. O vacúolo digestório, passa, então, a ser denominado vacúolo residual.
Este se dirige até a circunferência da célula, onde, fundindo-se á membrana plasmática, lança para o exterior os resíduos digestórios. A esse fenômeno dá-se o nome de exocitose. A autofagia é um fenômeno em que organelas celulares que já não se encontram funcionais são englobadas pelos lisossomos, sendo decompostas. O que permite a utilização de suas próprias substâncias como fonte de energia ou renovação de seus constituintes essenciais. Podendo, entretanto, os lisossomos digerirem uma mitocôndria inativa, por exemplo. A esse processo dá-se o nome de vacúolo autofágico. A ruptura dos lisossomos no interior da célula pode acarretar a sua destruição. A chamada autólise ou citólise. Evidente que algo patológico. Nos organismos pluricelulares, esse fato pode ter algum valor no processo de remoção de células mortas. O excesso de vitamina A, por exemplo, pode induzir a autólise em células ósseas, o que explica as fraturas espontâneas nos ossos quando o organismo apresenta uma quadro de intoxicação por essa vitamina.
Cleiton Nepomuceno