Linguagem
As lingüísticas, entendidas atualmente como o estudo científico da língua, é uma ciência recente, mas que se fundamenta num vasto contingente de conhecimentos desenvolvidos pelas mais diversas culturas desde a idade antiga. Deste modo, para se compreender melhor as modernas teorias lingüísticas, é necessário prioritariamente, estudar e entender a linguagem na história, estudo esse objetivando: Depreender como o homem, em diversas nações (culturas, sociedades, concebeu historicamente a linguagem. Nessa depreensão, dois aspectos são relevantes: a) qual a concepção de linguagem; b) que contribuição traz para a lingüística? Assim, vejamos a seguir a concepção de linguagem de oito civilizações (estudadas conforme Kristeva, 1969) egípcia, suméria e acádia, chineses, hindus, fenícios, hebreus, gregos, destacando suas perspectivas contribuições para a lingüística. A primeira civilização estudada, os egípcios, via escrita como algo divinizado, somente os melhores cidadãos (escribas) poderiam estar aptos a estudá-la. A linguagem egípcia não separava o significante (som) do significado (conceito), portanto os signos eram símbolos estilizados do real, havendo para isso logogramas, fonograma e determinativos fonéticos. Champolion, historiador responsável por decifrar esses signos, apontou três tipos diferentes de decifração destes signos a partir da Pedra da Roseta possibilitou o conhecimento da cultura egípcia da época. Já os sumérios, povos habitantes da região de Crescente Fértil, possuíam uma escrita cuneiforme, ou seja, feita em cunhas (tabinhas de argila). A escrita suméria possuía logogramas, signos com valor de vogal e consoante, além de determinativos fonéticos. Para ele “catalogar a língua significa catalogar o real”. Posteriormente os acádios se apropriam dessa escrita, fonetizando-a. significado e significante deixam de ser um só; a escrita livra-se da materialidade externa. Os chineses, por sua vez, apresentaram uma língua