linguagem
INTRODUÇÃO
É Aurélia a quem o romancista,em poucas linhas, atribui todos os emblemas da majestade divina. Ela é a estrela e rainha; deusa,musa e ídolo; rica e formosa. A linguagem metafórica, desdenhando e desconhecendo os limites da realista, insiste em criar um mundo de sonho, em que a beleza e a fortuna triunfam sobre tudo, deslumbrando pelo fulgor. CONSIDERAÇÕES GENÉRICAS A obra é narrada em 3ª pessoa, com um narrador onisciente.
SOBRE O AUTOR José Martiniano de Alencar, nasceu em 1829, no Ceará e morreu em 1877 no Rio de Janeiro, filho de ex padre e influente político da corte de D. Pedro I, Alencar recebeu uma educação primorosa. Estudou direito nos dois grandes centros de estudo de leis do Brasil: São Paulo e Pernambuco. A obra romanesca de Alencar costuma ser dividida pela crítica em quatro áreas: a indianista, O Guarani, Iracema e Ubirajara; históricas, A Guerra dos Mascates, O Garatuja e Alfarrábios; regionalistas, O Sertanejo, O Gaúcho, O Tronco do Ipê; urbanos, Cinco Minutos, A Viuvinha, A Pata da Gazela, Sonhos d’ouro, Lucíola, Diva, Senhora e Encarnação.
1.ENREDO
Na primeira parte, O Preço, Aurélia Camargo dá a conhecer para o leitor: jovem de 18 anos, linda e debutando nos bailes. A principal ação desta primeira parte do romance começa quando Aurélia pede ao tio que ofereça ao jovem Fernando Seixas, recém-chegado na corte após uma longa viagem ao Nordeste, a sua mão em casamento. Entretanto, uma aura de mistério cobre o pedido, pois Fernando não deve saber a identidade da