Linguagem e argumentaçao
(BANGE, 1983, apud KICH,1998, p.66)
INTRODUÇÃO:
Este trabalho se propõe a depreender e analisar recursos argumentativos que estão presentes nos níveis lingüísticos da palavra e relaciona-los a partir de seus recursos argumentativos. Na teoria da enunciação o foco é o modo como se diz o que é dito. As condições de produção da enunciação, como tempo, lugar, papéis representados pelos interlocutores (KOCH, 1998), são fatores que constituem o sentido da enunciação, estabelecendo uma relação entre linguagem e ação. O caráter argumentativo da linguagem enquanto interação social pode ser percebido pela existência de marcas ou elementos lingüísticos que estabelecem a relação de comunicação entre os interlocutores. Essas marcas representam estratégias (conscientes ou não) do autor em estabelecer uma relação (definida pelo tipo de marca) com o leitor para a construção de um sentido comum em um texto. Esses mecanismos usados para a argumentatividade de acordo com Ducrot, são marcas lingüísticas da enunciação ou da argumentação. Podendo também ser chamadas de modalizadores no seu sentido mais amplo, devido ao fato de terem a função de determinar a forma de como se dizer às coisas. O pré-conhecimento estabelece uma relação de sentido entre o texto e o leitor, permitindo que ele construa o sentido através do conhecimento de mundo, contexto social e político, referências e pré-conceitos. Para que um sentido comum entre o autor e leitor se estabeleça é preciso que o texto ative esses elementos criando uma interação autor/texto/leitor. Os tópicos analisados neste trabalho serão: os operadores argumentativos, marcadores de pressuposição, indicadores modais, indicadores atitudinais, índice de avaliação e de domínio, tempos verbais e índices de polifonia.
DESENVOLVIMENTO:
Escala