ARGUMENTAÇÃO E LINGUAGEM
Ingedore G. Villaça Koch
Nazaré da Mata
2013
A linguagem humana hoje é estudada não apenas como um meio de comunicação, mas algo mais específico da língua: a argumentação. Segundo Koch,
(2002, p.15), “a linguagem é uma forma de ação, ação sobre o mundo, dotada de intencionalidade, veiculadora de ideologias, caracterizando-se, portanto, pela
argumentatividade”. Diante dessa afirmação de Koch percebemos que o sujeito realiza intencionalmente algo para o mundo em que vive, por meio de argumentação explícita. Além deste, há outras razões para estudar a argumentação, pois não levaria ao aluno apenas o conhecimento da gramática de sua língua, mas também, iria lhe dar a facilidade de desenvolver o ato de pensar, refletir, abordar o assunto de uma maneira crítica, sobre o mundo que o cerca e usar disso uma maneira de interação social. “Faz-se preciso, para tanto, que ele torne apto a compreender, analisar, interpretar e produzir textos verbais.” (KOCH, pág. 15)
O capítulo 3 mostrará as relações que se estabelecem entre o texto e o evento que constitui a sua enunciação, dentre eles as pressuposições; as intenções do texto; os modalizadores com: advérbios, verbos, expressões, entre outros; os operadores argumentativos, responsáveis pelo que se trata o texto, sua estrutura e sua orientação discursiva. Conforme Koch, os operadores argumentativos indicam a força argumentativa dos enunciados, o sentido para o qual apontam. Segundo a autora, os operadores argumentativos desempenham diferentes funções na repetição dos enunciados; e as imagens recíprocas, que acontecem entre os interlocutores na troca de conhecimentos.
“Todos os elementos citados inscrevem-se no discurso através de marcas lingüísticas, fazendo com que ele se apresente como um verdadeiro ‘retrado’ de sua enunciação.” (KOCH, pág. 33)
1. OS TEMPOS VERBAIS NO DISCURSO
O primeiro subtítulo do capítulo 3 analisa “os tempos verbais no discurso”, os estudos do