Linguagem dos surdos

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1 INTRODUÇÃO

É fato que durante incontáveis anos os surdos foram tratados de forma preconceituosa, sofrendo desprezo, descaso até violência. Podemos, porém, observar que recentemente a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, língua gestual visual, utilizada pela comunidade surda brasileira para se comunicar – tem sido bastante difundida e comentada e que a procura e presença do profissional interprete em sala de aula desde o ensino fundamental até o superior tem aumentado. Este fato se deu em virtude do DECRETO 5626/05 que determinou que a contar do ano de 2007 todas as instituições de ensino superior dentro de um período de dez anos devem incluir em sua grade curricular a disciplina LIBRAS, e que nas escolas do ensino regular a presença do intérprete junto ao aluno surdo é obrigatória desde que o mesmo saiba a LIBRAS.

Dessa forma a grande maioria dos professores do ensino regular do país recebeu em suas salas de aula um enorme contingente de alunos surdos, sem ao menos terem recebido um curso preparatório ou treinamento. Então vem a questão qual a melhor maneira de se trabalhar com este aluno, o que se tem a disposição para o ensino desses alunos. Este trabalho diante de situações práticas observadas em sala de aula por referências da educação de surdos no país visa expor algumas didáticas de transmissão de conhecimento e tecnologias que existe a disposição de todos para o trabalho com alunos surdos. Então, por que exigir o domínio da língua portuguesa, por parte do aluno surdo, que se utiliza da LIBRAS e não é oralizado? São línguas com modalidades completamente distintas, uma, a portuguesa, é oral auditiva e a outra, a LIBRAS, gestual visual. Como diz Perlin (1998, p. 54), "os surdos são surdos em relação à experiência visual e longe da experiência auditiva”. Embora sejam culturas multifacetadas apresentam características específicas com relação as experiências surdas, são visuais, com tradução por meio de um canal visual, por meio da LIBRAS. Até mesmo