Lingua e liberdade
Penso que Luft ao afirmar que com a leitura de seu livro ele espera que “se obtenha, lenta e laboriosamente, a formação de cidadãos livres. Senhores de sua linguagem”. Ele expressa um desejo de que haja um ensino escolar da Língua Portuguesa, verdadeiro, comprometido com a formação cidadã e critica do aluno. Um ensino que valorize a nossa língua materna, que leve em consideração as várias formas de expressão por meio dela, sem discriminá-la ou torná-la um código inacessível ao aluno.
A função do professor é a de facilitar o entendimento e não de dificultá-lo. Quando o professor preocupa-se mais com a formação de seu aluno como sujeito autônomo e caminha em direção a isso, ele acaba sendo o agente principal na transformação da vida dele, em relação a uma leitura de mundo muito mais critica.
O entendimento e a manipulação competente da língua portuguesa é crucial na construção dessa criticidade. A obsessão gramaticalista de alguns professores só contribui para que o aluno forme uma opinião equivocada a respeito da construção das regras que regem uma língua que ele já domina desde os seus primeiros anos de vida. O que parece tão fácil, como se comunicar, torna-se para ele aos olhos da visão