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A morte, como clímax de um processo, é antecedida por diversos tipos de “morte” que permeiam o tempo todo a vida humana. O próprio nascimento é a primeira morte, no sentido de primeira perda: rompido o cordão umbilical, a antiga e cálida simbiose do feto no útero materno é substituída pelo enfrentamento do novo ambiente.
A oposição entre o velho e o novo repete indefinidamente a primeira ruptura e explica a angústia humana diante de sua própria ambiguidade: ao mesmo tempo em que anseia pelo novo, teme abandonar o conforto e a segurança da estrutura antiga a que já se habilitou.
Portanto nem toda perda é um mal. Apesar da dor, ela pode representar transformação, crescimento.
Amor e perda:
Vamos dar o exemplo do amor: por que temos ciúme? Porque tememos perder quem amamos. Se esse alguém dá densidade à nossa emoção e nos enriquece a existência, sofremos até mesmo com a ideia da perda.
O risco do amor é a perda, seja pela morte de um dos parceiros, seja pela separação.
Quando a perda é sentida de forma intensa, a pessoa precisa de um tempo para se reestruturar, porque o tecido do seu ser passa inevitavelmente pelo ser do outro. Há um período de “luto”, para só depois buscar um novo equilíbrio.
Talvez por isso haja os que evitam o aprofundamento das relações: preferem não viver a experiência amorosa para não ter de viver com a morte. É nesse sentido que o pensador francês Edgar Morin afirma: Nas relações burocratizadas e aburguesadas, é adulto quem se conforma em viver menos para não ter que morrer tanto. Porém o segredo da juventude é este: vida quer dizer arriscar-se à morte; e fúria de viver a dificuldade. 8- O sofrimento da natureza
Aos benefícios do progresso acelerado contrapôs-se uma realidade sombria: os efeitos de uma lenta mas progressiva destruição da natureza.
São evidentes os prejuízos para os seres humanos e animais, que já sofrem as consequências funestas como doenças, muitas