Linchadores e Bandidos
Brasil, diversas faces, inúmeras contradições e mudanças significativas, ou não. Hoje em dia ainda perguntasse se houve mudanças durante esses últimos 20 anos. Sim. É perceptível a participação da população, a diminuição da miséria existente e um pequeno avanço em termos econômicos, que é o que de fato importa para as autoridades. Diminuiu a exclusão, mas, será que existe uma comunidade na qual valha a pena sentir-se incluído?
Seja qual for à perspectiva adotada, não é vista uma caminhada de mãos dadas. Diante do artigo apresentado por Contardo Calligaris, “Linchadores e bandidos” onde o mesmo descreve os dois lados da moeda. De um lado a defesa feita por Rachel Sheherazade (Âncora do SBT Brasil) contra a “coitadismo” adotado sobre a autodefesa da população contra os bandidos. E por outro, Ivan Valente (Deputado Federal do PSOL) defende que: “a violência dos vigilantes só gera mais violência”.
Esclarecendo a abordagem feita no artigo, Calligaris traz uma situação em que no inicio desse ano um jovem foi amarrado a um poste, despido, por alguns motoqueiros vigilantes da região. O mesmo que, junto com uns “amigos de assalto” aterrorizava o aterro do Flamengo. A população, cansada desse terror, agiu e a ação para alguns defensores, não é o meio mais apropriado de fazer justiça. Mas aí surge a dúvida: Se a população, que sofre toda essa repressão, não agir quem o fará?
E é com essa questão, que apresento a minha colocação diante do tema, expressando que violência gera violência, isso é fato. E a ação diante desses criminosos é um perigo para essa população. Mas, se não há segurança imposta pelas autoridades, uma colocação para diminuir essa insegurança, por que a população não descruzar os braços e mostrar que também tem autoridade? Como exemplifica Calligaris em seu artigo “Se você não quer assaltos no parque, cuide das flores. Não deixe que mijem nos canteiros, e o número dos assassinatos diminuirá.” Diminuiu. Não pelo fato dos