Limpeza dos Ouvidos
Este é um capítulo em que Schafer aborda conceitos tradicionais para o treinamento auditivo explorando diversas maneiras de preparar o aluno para ouvir e entender as novas formas de música que formal o ambiente sonoro nos dias de hoje; assim como expandir sua capacidade perceptiva para o ambiente acústico como um todo. No início do capítulo Schafer esclarece sobre a importância da limpeza dos ouvidos, ou seja, é preciso chegar a um refinamento auditivo e trinar sempre os limites extremos da percepção para ouvir a música por completo. Ele fala que a investigação sonora é um teste empírico, devendo ser produzindo, percebido e examinado pelo próprio aluno. Em seguida, Schafer continua com uma série definições que formam o conjunto das potencialidades expressivas na música. Ele também propõe, ao fim de cada definição, algumas atividades advindas de sua experiência com alunos da Universidade Simon Fraser. O primeiro elemento a ser definido é o ruído. Ele o define como algo negativo na música e um som inteiramente indesejável, em outras palavras, é qualquer interferência que atrapalha o que se quer ouvir. O silêncio é definido como a ausência de som, ele também explica que o silêncio está sendo, aos poucos, perdido, e que o silêncio está cada vez mais valioso para o compositor, pois protege qualquer evento musical contra o ruído e é uma característica musical repleta de possibilidades. O som é a própria manifestação sonora, comparativamente, é como uma linha branca que se move regularmente dentro de um espaço negro, o silêncio. O timbre é a superestrutura característica que de um determinado som que deferência de outro elemento sonoro em frequência e amplitude exatas. Segundo ele, o timbre traz a cor da individualidade à música. Sem ele, tudo seria invariavelmente cinza e monótono. A amplitude está relacionada intimamente com a intensidade sonora – som forte e som fraco. É o volume/tamanho que suscita uma perspectiva na paisagem sonora. A