Limites que geram sofrimentos
Limites que geram sofrimento
O presente artigo se propõe apresentar as fronteiras que enceram em sofrimentos.
“Pai, se é de teu agrado, afasta de mim este cálice! Não se faça, todavia, a minha vontade, mas sim a tua. Apareceu-lhe então um anjo do céu para confortá-lo. Ele entrou em agonia e orava ainda com mais instância, e seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra.”
(Lucas 22,42-44)
O sofrer figura como uma realidade das mais decorrentes, pois é causa de muito dizer, pensar e refletir. No sofrimento de Jesus, a angústia suprema que O abate é revelada a nós. Ele, por ser Filho de Deus, sofreu; isso é para nos identificar que a cruz não é uma representação nem um teatro, pois Ele não estava representando, mas vivendo na realidade humana por escolha da dura realidade, da consequência do Seu viver.
Podemos dividir o sofrimento em dois grupos: Sofrimento ordinário (Sofrimento do sofrimento) ou Sofrimento produzido por mudança
Sofrimento ordinário ou Sofrimento do sofrimento
Existem duas formas de sofrimento ordinário: o sofrimento intrínseco à vida consciente e o sofrimento causado pelas tentativas de evitá-lo e fugir dele. O sofrimento intrínseco à vida consciente é expresso na tristeza: uma sensação de vazio decorrente da falta de um sentido para a vida.
O sofrimento ordinário é próprio da vida humana: todas as formas de sofrimento físico e mental relacionadas ao nascimento, ao envelhecimento, à doença e à morte, assim como estar ligado ao que se detesta, estar separado do que se ama e não realizar o que se deseja. Por isso, este tipo de sofrimento também pode ser chamado de sofrimento do sofrimento: quando algo que nos causa dor surge como causa para desencadear mais dor.
Quando uma coisa ruim acontece logo após outra, e as situações estão indo de mal a pior, podemos achar que estes são momentos de azar, mas, na realidade, eles expressam algo bem mais fundamental: a nossa própria impotência