historia de goiás
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE MORRINHOS
CURSO LICENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA
CULTURA
Morrinhos / 2006
MÁRCIO PIRES DA SILVA
TATYANNE SOUZA DE OLIVEIRA
CULTURA
Trabalho de graduação solicitado ao curso de Licenciatura Plena em História da Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Morrinhos, na disciplina de Antropologia, ministrada pela Professora Nilda.
Morrinhos / 2006
CULTURA
Desde os primeiros dias de escola, aprendemos que a ciência, a tecnologia, a religião, a arte e as demais construções superiores do engenho humano, em todas as épocas da história, nasceram de grupos sociais privilegiados ou dominantes. A maioria de nossos professores afirmou-nos que, embora algumas vezes os representantes desses grupos não tenham se destacado muito pelas próprias “prendas intelectuais”, sempre decidiram sobre o que deveria ser preservado e disseminado das criações ou invenções da inteligência humana, graças ao controle que tiveram sobre o financiamento das formulações teóricas e da condensação delas na fabricação dos artefatos.
Ao longo da história das sociedades estratificadas, as produções e expressões das classes hegemônicas ou por elas controladas têm constituído a denominada “cultura erudita”. E, por ela ser a expressão dos que têm poder, quase sempre, aparece como a única que deve ser transmitida às futuras gerações, como se tivesse a garantia da elevação dos seres da espécie a patamares superiores de atualização de suas potencialidades específicas.
Na linha do mesmo raciocínio, ouvimos, à exaustão, afirmações sobre a “incultura” dos pobres, sobre o “não-saber” dos dominados. Ainda que, de vez em quando, tenhamos escutado falar de seus modos específicos de analisar e interpretar a realidade, suas representações quase nunca são levadas em conta e, por isso