Lima Barreto
Afonso Henrique de Lima Barreto (1881-1922) nasceu no
Rio de Janeiro no dia 13 de maio. Filho de Joaquim
Henriques de Lima Barreto e Amália Augusta, ambos mestiços e pobres. Sofreu preconceito a vida toda. Seu pai era tipógrafo e sua mãe professora primária. Logo cedo ficou órfão de mãe.
Lima Barreto estudou no Liceu Popular Niteroiense e
concluiu o curso secundário no Colégio Pedro II, local onde estudava a elite literária da época. Sempre com a ajuda de seu padrinho, o Visconde de Ouro Preto, ingressou na Escola Politécnica do Rio de Janeiro, onde iniciou o curso de Engenharia. Em 1904 foi obrigado a abandonar o curso, pois, seu pai havia enlouquecido e o sustento dos três irmão agora era responsabilidade dele. Em 1904 consegue emprego de escrevente copista na Secretaria de Guerra, ao mesmo tempo que colabora com quase todos os jornais do Rio de Janeiro.
Ainda estudante já colaborava para a Revista da Época e para a Quinzena Alegre. Em 1905 passa a escrever no Correio da Manhã, jornal de grande prestígio.
Em
1909 Lima Barreto publica o romance
"Recordações do Escrivão Isaías Caminha". O texto acompanha a trajetória de um jovem mulato, que vindo do interior sofre sérios preconceitos raciais. Em
1915 escreve "Triste Fim de Policarpo Quaresma", e em
1919 escreve "Vida e Morte de M.J.Gonzaga de Sá".
Esses três romances apresentam nítidos traços autobiográficos. Com uma linguagem descuidada, suas obras são impregnadas da justa preocupação com os fatos históricos e com os costumes sociais. Lima Barreto torna-se uma espécie de cronista e um caricaturista se vingando da hostilidade dos escritores e do público burguês. Poucos aceitam aqueles contos e romances que revelavam a vida cotidiana das classes populares, sem qualquer idealização.
Contribuição para o
movimento:
Contribui
até hoje para o despojamento da linguagem escrita e sua aproximação com a linguagem oral, além de incentivar a dicção literária das zonas suburbanas ou