Lima Barreto
Entretanto, pouco tempo depois, o jovem Lima Barreto foi obrigado a abandonar o curso de engenharia porque seu pai enlouquecera. Ele prestou concurso para amanauense e passou a trabalhar no Ministério de Guerra do Rio de Janeiro para sustentar a família. Sempre apaixonado pela escrita, somava os ganhos de funcionário público aos de várias colaborações para a imprensa. Entre estas, trabalhou como repórter para o Correio da Manhã, e publicou diversos folhetins.
Viveu na transição do regime monarquista no Brasil para o regime de república e, como colocado por Francisco Achcar, “Lima Barreto elaborou uma sátira incisiva de seu tempo. Modelou no romance alguns dos nossos maiores problemas, como a questão da indiferença, do preconceito racial [...] do nacionalismo ornamental, da depravação política das elites, das diferenças brutais entre as classes que compõem a sociedade brasileira do começo da República”.
O estilo antiparnasiano de Lima Barreto não obteve boas críticas em uma época em que as estrelas da literatura eram justamente os parnasianos Olavo Bilac e Coelho neto. Era também antiacademicista enquanto a