Lignina
A madeira tem sido utilizada pelo homem desde os tempos mais remotos e, mesmo com o surgimento de outros materiais que possam vir a substituí-la, sempre será interessante seu aproveitamento, seja pelos aspectos econômicos ou por suas características peculiares (TREVISAN et al, 2003).
A madeira é um material heterogêneo, possuindo diferentes tipos de células, adaptadas a desempenharem funções específicas. As variações nas composições químicas, físicas e anatômicas da madeira são grandes entre espécies, embora dentro da mesma espécie elas também ocorram, em função principalmente da idade, fatores genéticos e ambientais (TRUGILHO et al, 2007).
As madeiras variam de árvore para árvore, bem como dentro de troncos individuais. O sentido e arranjo das células podem ser reconhecidos nas seções dos três principais planos de corte utilizados na caracterização anatômica da madeira, a transversal, a tangencial e a radial (HERNANDEZ; ANDRADE, 2005). A variação no sentido radial é a mais importante, essa extensão é determinada pela proporção de madeira juvenil no tronco, suas características físico-químicas e anatômicas. Sendo que com o passar do tempo, a elevação do gradiente de variação dentro da zona juvenil diminui. A madeira juvenil apresentam algumas características como: mais xilanas e lignina; menos celulose e glucomananas; menor comprimento de fibra e vasos; menor diâmetro celular; paredes celulares mais finas e menor densidade básica (TRUGILHO et al, 2007).
As madeiras costumam ser classificadas em duas categorias: as coníferas e as folhosas. Pinho, araucária, abeto e cipreste são alguns exemplos de coníferas, que pertencem ao grupo das gimnospermas, já o eucalipto, carvalho e álamo são exemplos de folhosas, que pertencem ao grupo das angiospermas. As folhosas e as coníferas apresentam várias diferenças quanto às estruturas celulares de seus xilemas. Embora existam exceções, a madeira das folhosas geralmente é mais dura que a das coníferas. Por isso, as