Lignina
Seguida da celulose e polioses, a lignina é a terceira substância majoritária macromolecular componente da madeira. Suas moléculas são formadas completamente diferentes dos polissacarídeos, pois são constituídas por um sistema aromático composto de unidades de fenil-propano (KLOCK, 2000).
De acordo com Hernándesz (2007), as ligninas são biopolímeros tri-dimensionais amorfos com uma estrutura molecular complexa e variável que depende da espécie vegetal, localização, idade da planta, estação do ano, etc., e, portanto, não possuem a mesma estrutura química em todas elas.
Santos (2011), destaca que o anel aromático de um ânion fenóxi é o local de adição eletrofílica, por exemplo, na metilação com formaldeído. Assim, muitas das reações químicas de modificação de lignina, utilizando a sua natureza aromática e fenólica, exploram esta propriedade química.
Neste âmbito, o grande interesse por boa parte da comunidade acadêmica, sobre a lignina, cresce cada vez mais. Pesquisas de caráter científico e econômico apontam a lignina como uma promissora alternativa natural a produtos petroquímicos na produção de resinas de fenol-formaldeído, devido à sua semelhança estrutural.
Tejado et al (2007), aponta que as características estruturais e térmicas da lignina produzida pelo processo kraft, credenciam-na como uma via de substituição do fenol na síntese de resinas de fenol-formaldeído-lignina, em função de apresentar quantidades maiores de posições de anel livre ativado, maior massa molecular e temperatura de descomposição térmica maior.
Segundo Lisperguer (2000), ligninas de diferentes origens foram utilizadas para substituir o fenol em adesivos do tipo de fenol-formaldeído, o que ocasionou o surgimento de patentes e métodos de uso de lignossulfonato do processo de sulfito, lignina kraft, lignina "organosolv" explosão de vapor de lignina e outros.
No entanto, uma serie de dificuldades delimitam o uso para fabricação deste tipo de material em larga escala. O que se