Liderança
2.1 CONCEITO A liderança, no campo da literatura administrativa, tem constituído-se, ao longo da evolução dos estudos gerenciais, num tema de permanente atualidade, em decorrência de inúmeras pesquisas, estudos e debates. Nesse contexto, inegavelmente, a liderança efetiva, dinâmica e racional, é um indicador básico da excelência do comportamento humano dentro das organizações. Entre os estudiosos, alguns entendem que a liderança é o resultado de uma constelação de qualidades que uma pessoa possui, enquanto outros asseveram que o líder não precisa dispor de um conjunto de regras, e sim de bom método de análise da situação social dentro da qual deve agir, emergindo a solução, naturalmente, se a análise for adequada. Assim, nos estudos iniciais, a maneira mais comum de se enfocar a liderança concentrava-se em traços de liderança considerados em si mesmos, sugerindo, consequentemente, a existência de certas características essenciais para o desempenho eficaz, somente sendo considerado líderes os gerentes dotados dessas qualidades potenciais. Todavia, pesquisando esse enfoque, pode-se esclarecer que, em cinquenta anos de estudo de liderança, não se conseguiu obter um padrão ou um conjunto de qualidades de personalidade que pudesse ser utilizado para discriminar líderes e não líderes. Focalizando o estudo do desenvolvimento da administração, encontramos, em seu ponto de partida, a escola tradicional, onde a liderança era exercida por meio da autoridade, derivada do cargo que o indivíduo ocupava. O foco principal dessa escola voltava-se para a análise das atividades das empresas, necessidades da organização, pouco se importando com as necessidades, desejos e aspirações do homem. Nesse prisma, a função do líder, evidentemente, era estabelecer e impor critérios de realização, a fim de atender aos objetivos da organização. Assim, temos nessa perspectiva um acentuado interesse do gerente por tarefas. Alguns exemplos do enfoque da liderança com a