Liderança
Como o líder conduz o barco nos temporais
Em momentos de incerteza como o atual, os Executivos de Valor mantêm a estratégia e o ânimo da equipe, antecipamse aos fatos e abrem canais de informação
Veículo: Revista Valor Econômico Seção: Especial Estado: SP Data: 27/03/2008
STELA CAMPOS*
DE SÃO PAULO
Otimismo costuma ser atributo especial de quem chega ao topo, em qualquer país. Mas nem todos os CEOs conseguem manter visão favorável sobre o futuro em tempos de incerteza, como os vividos a partir da crise no crédito imobiliário dos Estados Unidos, com respingos por todo o mundo. Pois os Executivos de Valor continuam a olhar para a frente com o mesmo entusiasmo de sempre, razão de sobra para se diferenciarem no cenário dos negócios. Ganham com isso também as equipes, que recebem a segurança necessária para a travessia do nevoeiro sem perder de vista o horizonte de suas companhias.
Pesquisa da consultoria PricewaterhouseCoopers, finalizada no início de 2008 com 1150 executivos de 50 países, mostra que os CEOs mais otimistas são justamente os de economias emergentes. Entre eles, a confiança em relação ao cenário econômico mundial cresceu 55%, comparando-se ao mesmo levantamento feito em 2007. De todos os presidentes ouvidos, 67% dos mais confiantes vêem boas perspectivas para os próximos três anos. Vale lembrar que até meados do ano passado os emergentes fecharam negócios de fusões e aquisições, com países desenvolvidos, da ordem de US$ 128 bilhões. Em todo o ano de 2003, esse valor era de apenas US$ 14 bilhões. Esses resultados, sem dúvida, são um poderoso antídoto contra qualquer desânimo.
Entre as companhias que celebraram grandes transações em 2007 estão várias brasileiras capitaneadas por executivos escolhidos nesta edição do prêmio. "O verdadeiro líder arquiteta o futuro, não faz apenas a manutenção das engrenagens", diz [ames Wright, professor da Fundação Instituto de Administração (FIA), ligada à Universidade de São Paulo