LIDERANÇA INATA?
Disciplina: Chefia e Liderança em Organizações Militares
OPÇÃO 2 – LIDERANÇA É ALGO QUE SE PODE APRENDER?
Nos dias de hoje não vislumbramos o sucesso de uma organização sem um líder.
E será que esses líderes já nasceram assim, com todas essas qualidades? Ou se tornou um, ao longo de sua carreira? Para analisarmos essas questões, façamos primeiramente um breve histórico sobre a liderança.
De acordo com Northouse (2004) a liderança é um processo; que envolve influência; ocorre no contexto de um grupo; e inclui a realização de objetivos. Segundo
STOGDIL, 1974 citando JACKSON; PARRY, 2010, liderança é o processo de influenciar as atividades de um grupo organizado em seus esforços no sentido de definir e de cumprir objetivos. Em suas primeiras concepções, as teorias da liderança entendiam o líder como inato, que possuíam essa qualidade geneticamente. (WAGNER III e HOLLEMBE, 2003, p.
245). Destas teorias surgiram a abordagem pelos traços, que dão especial relevância aos traços da personalidade do líder e ao seu estilo de atuação.
Essas teorias partem do pressuposto de que existem atributos universais e intrínsecos que distinguem líderes de liderados. Essa teoria buscou identificar características comuns (físicas, intelectuais e emocionais) aos líderes (BERNARD, 1926).
Encontramos ainda pesquisas recentes (LOCKE, 1991; HOUSE et al, 1991) onde vemos o reaparecimento da abordagem dos traços pessoais, baseada em evidências de comportamento de líderes reais bem-sucedidos, tendo-se inferido que traços como forte desejo de comandar, motivação, integridade, honestidade, autoconfiança, são elementos constitutivos de sua personalidade.
Contudo, outras teorias foram surgindo que passaram a questionar os resultados apresentados nas teorias dos traços (GIBB, 1947; STOGDILL, 1948; MANN, 1959), as quais colocaram essas em dúvida.
O fato de uma pessoa possuir determinados traços não quer dizer que este