Licores
Licores e Cordiais: Pensa-se, erradamente, que existe uma grande diferença entre um licor e um cordial.
De facto, ambas as palavras querem dizer a mesma coisa: bebida açucarada, alcoólica, feita de espíritos redestilados ou misturados, a que se adicionam aromatizantes e corantes.
Licor é a palavra mais usada na Europa.
Na América preferem a palavra cordial.
Em Inglaterra, por exemplo, a palavra cordial é usada para descrever bebidas não alcoólicas, mas aromáticas e doces, como o Lime Juice Roses, que trás no rótulo a palavra cordial.
Dizem-nos alguns estudos sobre esta matéria que a palavra cordial se começou a aplicar nas bebidas doces porque eram consumidas em ambiente cordial e amigável.
Vamos deixar para trás, deliberadamente, a palavra cordial e apenas usaremos o termo licor.
Como já foi dito os licores são obtidos a partir de um espírito (álcool, aguardente vínica ou outro), aromatizantes e açucarados, ervas, frutos, raízes, especiarias e flores. Esta definição parece dizer tudo mas, no entanto, é quase nada, tal é a imensidão deste tema.
O aparecimento dos licores remonta de tempos imemoriais. Consta que já nas tumbas, do velho Egipto, foram encontradas receitas de licores que eram usados como digestivos e como produtos medicinais, especialmente nos problemas do estômago.
Os monges e alquimistas faziam destilações, em atmosfera de magia, tentando descobrir um elixir que lhes desse a eternidade.
Consta que este sistema contribuiu para o aparecimento de muitos licores que são hoje famosos, especialmente alguns feitos à base de ervas.
Na época medieval, os famosos cozinheiros de então usavam os licores como aromatizantes, para disfarçar o aroma das carnes em más condições, assim como de alguns vegetais. Devido à sua doçura eram muito usados em bolos de creme e sobremesas.
No século XV, os italianos apareceram a liderar o «mundo» dos licores, particularmente famosos entre as senhoras e usados para os mais variados fins.
Eram