Libras
Mesmo a educação de surdos ser um assunto que está sendo objeto de estudo nas últimas décadas (áreas como a linguística, a fonoaudiologia, a medicina e a educação) ainda há um enorme abismo entre o cotidiano escolar e o mundo acadêmico. Isto porque as leis que garantem a aprendizagem ao aluno surdo existem, porém, a prática nas instituições de ensino são ainda deficientes. Segundo o texto, nota- se que um grande número de surdos, ao concluir o ensino básico, não é capaz de ler e escrever fluentemente ou dominar os conteúdos pertinentes a este nível de escolarização, graças a uma série de fatores que acompanham o processo educacional do aluno surdo por gerações.
Outro fator que reforça esse abismo é a simplificação curricular, que muitas vezes ocorre em função da complexidade da comunicação, ocasionada pela falta de profissionais habilitados para tanto.
A reflexão sobre a educação dos surdos deveria ser feita consultando- os, levando em consideração a opinião de quem realmente é objeto de estudo nessas últimas décadas. Entretanto, essa participação acontece de forma restrita, pois os organizadores das políticas públicas não sabem de fato o que querem e do que precisam educacionalmente os surdos, muito menos os consultam para a elaboração dos seus currículos. Assim torna- se inviável quebrar este abismo entre o mundo acadêmico e o cotidiano escolar.
Acredito que muitas mudanças podem ser feitas em sala de aula para que o professor consiga trabalhar com o aluno surdo, no caso de não ter um intérprete da LIBRAS. O professor sozinho não irá atender o surdo de maneira que possa contribuir plenamente para a sua formação. Como escrito anteriormente, é necessário uma união entre as políticas públicas, pensadores da educação e, claro, os alunos surdos. Todavia, o educador deve propiciar ao seu aluno surdo, confiança para ser ouvido, por meio do processo de interação com os colegas e toda a