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Para se falar no surgimento da Língua de Sinais é impossível não se falar na educação de surdos, pois foi através da busca do melhor método de educação para eles que surgiu a língua de sinais.
O grande precursor na educação dos surdos foi o monge beneditino Ponce de Leon.
O monge espanhol criou uma escola para crianças surdas em seu monastério.
Leon alcançou êxito. O método utilizado era a escrita, a repetição de palavras faladas e a indicação de objetos.
Juan Pablo Bonet, educador espanhol, também se dedicou a ensinar crianças surdas de berço nobre. Não se sabe ao certo, mas acredita-se que Bonet utilizava o mesmo método que Leon. Porém Bonet insistia que todos os integrantes da casa de uma pessoa surda utilizassem o alfabeto manual.
Em 1620 surge o primeiro livro de linguagem de sinais com o alfabeto manual. O objetivo era que a criança aprendesse visualmente as letras e também vocalizasse-as.
Mas o grande criador e divulgador da Língua de Sinais foi o francês Charles Michael de L'Épeé (1712-1789).
O abade e recém ordenado L'Épeé conheceu duas surdas gêmeas.
O padre que as ensinava havia falecido e L'Épeé assumiu a missão.
O padre francês acreditava que a língua de sinais era a língua natural do surdo, ou seja, sua língua mãe.
A primeira escola para surdos surge em Paris em 1755 fundada por L'Épeé.
Além de professor e diretor, L'Épeé escreveu um livro sobre seu método de ensino, um dicionário e uma gramática. O francês acreditava que não adiantava ensinar os surdos a falar. O objetivo era que o surdo aprendesse a se expressar e a compreender ideias e pensamentos somente através dos sinais.
Quando L'Épeé faleceu o abade Sincard assumiu a escola.
Quem trouxe a Língua de Sinais para o Brasil foi o professor francês Hernest Huet, também surdo, em 1855.
Ele conseguiu o apoio do Imperador Dom Pedro II e em 1857 fundou o INES, Instituto Nacional de Educação dos Surdos, que existe até os dias de hoje.