Libras
A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é uma modalidade de comunicação que tem adquirido maior visibilidade na sociedade, na medida em que se expandem os movimentos surdos a favor de seus direitos, conforme a cultura e a língua própria do povo surdo, mediante a opressão de uma sociedade, que ao longo dos anos, impôs uma espécie de “modelo ouvintista” de viver.
Para compreender a existência da cultura surda é necessário aproximar-se desta deixando de lado pré-conceitos e abrindo-se à pluralidade. Conhecer a história e as filosofias educacionais para o povo surdo é um dos passos primordiais para analisarmos criticamente as consequências de cada filosofia no desenvolvimento das crianças, assim como a forma como os surdos foram tratados ao longo do tempo. Este trabalho tem como objetivo conhecermos os pioneiros na educação de sinais: Pedro Ponce de Léon; Charles Michel De L’Epee e Juan Pablo Bonet.
O monge beneditino espanhol Pedro Ponce de Leon (1520-1548) foi um importante educador, além de fundador de uma escola de professores de surdos. Utilizava a datilologia – representação manual das letras do alfabeto, a escrita e a oralização como metodologias de ensino. Seus escassos alunos eram todas crianças surdas, filhos de aristocratas ricos que tinham recursos para confidenciá-lo-lhe estes tutorados. Seu trabalho com crianças surdas focalizou em ajudá-las aprender como escrever a língua. Instruiu as crianças na escrita e em gestos simples com um alfabeto bi manual. Ponce de León não se tornou conhecido por desenvolver um trabalho com língua de sinais. Ponce de León teria desenvolvido um alfabeto manual que permitia ao estudante que aprendesse a soletrar (letra por letra) toda a palavra. Os pesquisadores modernos analisam se este alfabeto foi baseado, integralmente ou em parte, em simples gestos com as duas mãos. O alfabeto uni manual publicado por Juan de Pablo Bonet em 1620, foi distinto do