Libras

Escolas Bilíngues Para Surdos

No passado os surdos eram vistos como incapazes, não podiam frequentar escolas, eram proibidos de votar e de usufruírem, plenamente, de seus direitos como cidadãos. Embora muito espaço já tenha sido conquistado, ainda há muito o que fazer, até os dias atuais, a comunidade surda trabalha com grande afinco por espaço e reconhecimento perante a sociedade ouvinte. Abade Charles Michael de L’Epée fundou a primeira escola pública para surdos “Instituto Para Jovens Surdos e Mudos de Paris”, após conhecer duas irmãs gêmeas surdas que se comunicavam através de sinais, Abade iniciou o seu contato com os surdos carentes. E em 1815-1817, o melhor aluno do Abade é convidado para implantar o ensino de surdos através da Língua de Sinais nos Estados Unidos. Onde, posteriormente, é fundada uma escola para surdos no país. Em 1852 chegou no Brasil o professor surdo francês Eduard Huet e, com o incentivo do imperador Dom Pedro II, fundou uma escola para surdos na cidade de Rio de Janeiro. O Instituto Nacional de Educação dos Surdos (INES) foi fundado em 26 de setembro de 1857. O instituto atendia surdos de todos os lugares do Brasil e funcionava como um internato mas só aceitava surdos do sexo masculino, apenas em 1931 o público feminino foi aceito. No ano de 1880, ocorre o Congresso de Educadores de Surdos, na Itália, onde é apresentado um método de educação visando proibir os gestos e a língua de sinais. E em 1983 é criada no Brasil, a Comissão de Luta pelos Direitos dos Surdos, no mesmo ano, na Alemanha ocorre uma reivindicação para o reconhecimento da língua de sinais. Três anos depois, o centro SUVAG, em Pernambuco, faz sua opção metodológica pelo Bilinguismo (THOMA, 2009). Em 1987 a FENEIS é criada, e em 2002, através da FENEIS ocorre a oficialização de Libras em todo o país. A comunidade surda passou por várias dificuldades no decorrer dos anos, e hoje em dia ainda têm que lidar com o preconceito contra uma língua que não