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A vitalidade de uma língua, contrariamente aos recursos naturais, depende de sua utilização efetiva, tanto em escala nacional, quanto em escala mundial. Quanto mais uma língua é utilizada, mais ela é viva e, inversamente, quanto menos é utilizada, mais ela é ameaçada de extinção. Assim sendo, é o uso social da língua que determina seu grau de revitalização. O mundo atual - o mundo globalizado - que pretende apagar limites - não é capaz de atingir o sistema das línguas, porque não lhe é permitido clonar todas em uma só. O homem globalizado é aquele que está inserido num mercado e, por conseqüência, num canteiro lingüístico, num multiculturalismo fenomenal. Como princípio ético, qualquer política de línguas deverá trabalhar a unidade e a diversidade. A unidade é uma razão do Estado e a diversidade ou variedade é a matéria lingüística própria da comunidade, pois reflete a língua em uso, ou seja, as linguagens verbais, por meio das quais os indivíduos se comunicam. Quanto mais uma língua é utilizada, mais ela é viva e, inversamente, quanto menos é utilizada, mais ela é ameaçada de extinção.
No processo de constituição da língua portuguesa no Brasil, esta passou por contatos diretos entre a língua do colonizador e a enorme variedade de línguas indígenas espraiadas pelo espaço geográfico nacional.
O português é língua de dois importantes mercados econômicos e, na escala da quinta língua mais falada do mundo, está concentrado em praticamente duas áreas geográficas distintas, que são, de maneira efetiva, focos de difusão: Portugal e Brasil. O português, língua de expansão continental, assenta suas bases, na condição de oficial e de língua de mercados, em organismos econômicos, na Europa, na América, na África e na Ásia.
Com o fito de ver a língua portuguesa privilegiada no seio da Comunidade que lhe deu nome, Menezes (1999) observa que "a Comunidade só poderá vir a ser a grande família com que alguns de