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Educação para Surdos, para todos.
Passo (01)
Atualmente, educar está sempre sendo usado como sinônimo de ensinar, escolarizar, e nessa ideologia tecnicista, cada vez mais, a escola está se afastando de sua essência: educar, que etmo logicamente vem de ex-dúcere – conduzir para fora, trazer à tona, à expressão, o que vive dentro do homem, pelo próprio étimo. gde experiências, manifestação de relação homem x mundo que a percepção acolhia, ensaio de especulações, construção de conhecimento”.
Como conceber todo esse processo sendo intermediado pelo intérprete se “educar é educar-se a si enquanto companhia de um outro? Cada diferença a ser trabalhada é uma diferença e não uma desqualificação do sujeito”. (Yunes (1998:19).
Assim, a Educação para Surdos não pode se resumir a uma escolarização repassada por um intérprete que, segundo Lacerda (2000:60) em seu ato de interpretar realiza um processo cognitivo pelo qual se trocam mensagens de uma língua e outra, sejam elas orais ou sinalizadas, mas que o intérprete não poderá ultrapassar essa fronteira sem “transgride o seu papel atuando efetivamente como educador”.
Daí, esse modelo radical de inclusão, em nome do MEC, que está sendo imposto pelas SEDUCs (fechamento das classes especiais, surdos em classes regular sem saber LIBRAS ou português; professores insatisfeitos e confusos por não saberem como lidar com Surdos em classe regular; sala de apoio com professores despreparados, entre outros peoblemas), não vai ajudar em nada o Surdo porque não basta ele ter o direito de se matricular em uma escola, precisa também ter o direito de permanecer nela. Essa escola precisa estar preparada para uma educação de qualidade para os Surdos, caso contrário, a evasão somente aumentará.
Não dá para ver o bonde passar e, depois, se dá para ver o bonde passar e, depois, se arrepender ao ver que gerações de Surdos que estavam nesse bonde não chegaram a lugar algum!
Será que teremos que