Libras
Os dados mais recentes sobre a população surda no Brasil foram obtidos pelo censo de 2000 : 24,6 milhões de PNEs, com cerca de 20% (5,7 milhões) com algum tipo de deficiência auditiva (IBGE, 2000). Desse total, 170 mil (2,9%) pessoas são declaradas como surdas.
A Educação Especial de surdos com LIBRAS requer algumas especificidades. Deve ser valorizada a estrutura da Língua de Sinais, que é completamente diferente de qualquer outra Língua. LIBRAS é composta de gestos, espacialmente distribuídos. Sua forma de comunicação é representada pela combinação de sinais, considerando regras sintáticas, fonológicas, morfológicas, semânticas e pragmáticas (QUADROS, 2004).
O ideal é o ensino bilíngue (BRASIL, 2004), considerando LIBRAS como Língua materna dos surdos e o Português como segunda Língua, em conformidade com a identidade e cultura dos surdos brasileiros (CAMPOS et al., 2000; BRASIL, 2005). Observa-se que há casos que o indíviduo atinge o estado de surdez depois de sua alfabetização na Língua Portuguesa. Por outro lado, ainda há surdos que não têm domínio nem de LIBRAS nem da Língua Portuguesa, devido a preconceitos, limitações físicas ou até mesmo por opção.
A falta de educação adequada aos surdos dificulta o acesso à informação, através dos diversos meios comuns utilizados pela sociedade. Isso pode privar seu direito de exercício da cidadania, devido aos obstáculos de acesso às informações de ordem cultural e política (LIRA, 2003). De acordo com Santarosa et al. (2003), ainda há muitas desigualdades entre os que possuem acesso à Informação através dos meios tecnológicos e os que não possuem. O autor ratifica a importância do direito ao acesso ser garantido por Leis.
Segundo Souza e Pinto (2003), pesquisas na área da Computação voltadas à promoção da acessibilidade tecnológica têm constituído importantes instrumentos para a Educação Especial. Após vários anos de pesquisa, as inovações introduzidas colaboraram para a