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Após a leitura da versão preliminar do documento intitulado "Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva" (MEC, SETEMBRO - 2007), professoras e pesquisadoras do Grupo Interinstitucional de Pesquisa em Educação de Surdos[1] (GIPES) encaminham o presente texto com o objetivo de discutir e pautar alguns dos temas presentes no referido documento, os quais estão relacionados com a educação de surdos.

Inicialmente serão apresentadas algumas considerações sobre a educação de surdos, com destaque para a situação do Rio Grande do Sul. Em seguida, serão encaminhadas algumas propostas para a redação do documento.

Considerações sobre a educação de surdos
No Brasil, desde o início da década de 1990, as comunidades surdas alcançaram importantes conquistas no campo da Educação. Entre elas aponta-se o reconhecimento da cultura surda, a oficialização da Língua Brasileira de Sinais, o fortalecimento da comunidade surda, a oferta de cursos de formação de professores, de instrutores e de intérpretes, o aumento da produção de pesquisas na área educação de surdos, a implantação da língua de sinais na educação do surdo, bem como a revisão do currículo das escolas. No cenário brasileiro, o Rio Grande do Sul (RS) vêm se destacando no que se refere à elaboração de políticas educacionais que atendam as especificidades lingüísticas e culturais das pessoas surdas. Muitas ações em parceria entre órgãos estaduais e municipais, comunidade surda e academia foram criadas e desenvolvidas, promovendo discussões e a divulgação da necessidade da criação de pedagogias específicas para o trabalho com alunos surdos que estão matriculados principalmente na Educação Básica.

Desde a implementação da LDBEN, em 1996, a Educação Especial e, dentro desta, a Educação de Surdos vêm ganhando espaços de discussão nas políticas públicas educacionais. Este texto de cunho legal e tantos outros que se constituíram no decorrer dos últimos anos produziram tensionamentos nos