Libras: o ensino bilíngue na educação dos surdos
Introdução O Brasil luta pela inclusão escolar e social de todos os cidadãos, independente de sua raça, cor, classe social, diferenças, inclusive as lingüísticas. Para tanto tem desenvolvido políticas públicas que visam o atendimento educacional a crianças, adolescentes, jovens e adultos, a partir de levantamento de dados, de planejamento de ações que possam ser institucionalizadas, como as que se referem às pessoas surdas ou com deficiência auditiva. As pessoas surdas, geralmente, utilizam a língua de sinais para se comunicar, mas raramente a adquirem por meio do contato com seus familiares. Assim, diferentemente das demais línguas que são repassadas de pai para filhos numa perspectiva vertical, a língua de sinais é repassada de pessoa surda à pessoa surda, numa perspectiva horizontal, fato que demonstra a importância da escola na aquisição e aprendizado das línguas por parte das crianças com surdez. O movimento de reconhecimento da cultura, comunidade e identidade dos surdos, além de afirmar a sua autenticidade, conseguiu mobilizar alguns responsáveis pela educação dos surdos, para a reformulação da situação da educação dos mesmos. Essa nova proposta de trabalho recebeu o nome de Bilinguismo. A língua gestual não pode constituir-se apenas numa ferramenta para ascender à outra língua, ou funcionar como um prêmio de consolação para os surdos; enquanto língua tem um estatuto e um lugar privilegiado na definição de uma identidade e na expressão de uma cultura. [1]
Surgimento do Bilinguismo
Em finais da década de 1970, com base em conceitos sociológicos, filosóficos e políticos surgiu a “Proposta