Libras no Brasil
1.1. No Mundo
A história dos surdos remete-se à antiguidade (4000 a.C), pelos povos greco-romanos, quando acreditavam que os surdos, por não poderem comunicar-se, eram seres abomináveis, não humanos, devendo ser punidos e excluídos da sociedade. Tal taxatividade chegava ao extremo de não permitir-lhes o matrimônio. Não eram considerados cidadãos. A surdez e consequentemente a mudez eram confundidas como inferioridade de inteligência. Em 1453, na França, surge Ponce de Leon que começou os primeiros trabalhos e a educação dos surdos, de grande importância até os dias de hoje no estudo da libras. Um professor surdo da França, Berthier1 escreveu:
“Inicia a história na antiguidade, relatando as conhecidas atrocidades realizadas contra os surdos pelos espartanos, que condenavam a criança a sofrer a mesma morte reservada ao retardado ou ao deformado: "A infortunada criança era prontamente asfixiada ou tinha sua garganta cortada ou era lançada de um precipício para dentro das ondas. Era uma traição poupar uma criatura de quem a nação nada poderia esperar" (BERTHIER, 1984, p.165).
Um dos responsáveis pela inclusão da língua de sinais, foi o abade Charles-Michel de L‟Epée (1712-1789) embora tenha conhecido a língua de sinais quando tinha por volta dos 60 anos, foi um dos seus grandes méritos reconhecer que esta língua existia e desenvolvia-se e servia como base comunicativa essencial entre os Surdos. Basicamente, o abade reuniu os surdos pobres dos arredores de Paris e criou a primeira escola pública para surdos, onde criou o Instituto Nacional para Surdos-Mudos em Paris, que foi a primeira escola pública para os Surdos no mundo, sendo inserido a passagem da educação individual para a educação coletiva, não privilegiando mais somente aqueles que podiam arcar com o trabalho particular de um educador. O resultado positivo da metodologia utilizada pelo abade francês chamou a atenção dos educadores da época,