Liberdade ?
No continente africano essa hegemonia se deparou com um povo arcaico constituída em sua predominância por aldeias isoladas que viviam em conflito entre si e tinham como espólio de guerra, notadamente, os guerreiros derrotados, que, aprisionados, eram forçados ao trabalho.
Valendo-se desta situação os países em expansão iniciaram a prática da escravatura jamais vista antes nestas dimensões, em que adquiriam os escravos negros no continente africano e exportavam para suas colônias.
Esta prática ganhou tão imensa proporção que no século XVIII dois terços da população brasileira era constituída por escravos que não integravam a vida social, mas eram restritos a atividade laboral demandada por seus senhores que, em contra partida, despendiam do mínimo para a subsistência do escravo.
Ocorre que, mais tarde, no Brasil, sobreveio de, inopino, a abolição da escravatura imperando a suposta liberdade a esses cidadãos.
Perante essa nova realidade, os cidadãos negros que não tinham a cultura do estudo e a praxe do sistema capitalista, ficaram sem chão, e isso porque não logravam dos meios necessários de subsistência, sem uma qualificação, sem o mínimo de estudo, não possuíam o suporte para se integrar a vida e a cultura da sociedade.
Desse modo, os cidadãos negros se debandaram para as regiões mais remotas das cidades, as periferias e os morros, localidades onde o Estado não desempenhava seu domínio e sua função.
Nesta ótica em que pese à abolição da escravidão foi à medida necessária, veio desamparada por políticas que propusessem aos escravos as condições para se juntar com a sociedade com igualdade e pudessem desempenhar seu papel na cultura capitalista alavancando o mercado com a lei da demanda e da oferta.
Por derradeiro, forçoso inculcar que a população brasileira é em grande parte paupérrima e há muitos cidadãos