Liberdade moderna e antiga
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O texto “Igualdade e Liberdade”, do autor Bobbio, trata sobres os conceitos de liberdade fazendo um distinção e contraposição entre a considerada liberdade dos antigos e a liberdade dos modernos, principalmente sobre a ótica de Constant. Contudo, essa separação dos tipos de liberdade foi construída baseada em uma distinção histórica e na atribuição de um juízo de valor. Segundo ele, a liberdade dos antigos consiste em uma liberdade referente a participação do poder político, ou seja sendo característica das cidade, ocorrendo de forma coletiva. Assim, era atribuído a ela um juízo de liberdade positiva. Enquanto, a liberdade dos modernos possuía um valor negativo, uma vez que significa a liberdade do prazer e gozo dos benefícios e bens fundamentais pessoais e privados, sendo, portanto, de cunho individualista e desconhecida pelos antigos. Essa forma de liberdade também estava associada uma liberdade de civis e ligada ao Estado moderno, que, inclusive, ia contra a logica do poder despótico. Por fim, é importante ressaltar os pontos contraditórios que existem no próprio emprego do termo liberdade. Como vimos, e notório que o conceito de liberdade era difuso e complexo, sendo necessário construir definições e delimitações para sua abrangência e compreensão, justamente porque ele sempre foi empregado de forma dúbia e relativa. Para exemplificar este ponto, basta pensarmos na perguntar: “o que foi a liberdade em cada contexto histórico ou adotada por cada pensador?”. Por exemplo, Lock defendia a participação do povo na construção e criação de leis para proteção de bens como a liberdade, a propriedade e a vida, contudo restringia “povo” a uma classe exclusiva de proprietários. Já kant abordava em seu Estado de direito argumentava sobre uma liberdade igualitária, mas, de forma um tanto mais irônica, a liberdade politica era concedida apenas pessoas do gênero masculino e, ainda, com independência econômica, ou seja, que não fossem trabalhadores. Por ultimo seria a