LEY DE SAY
De outra forma: “Com efeito, quando o último produtor acabou um produto, seu maior desejo é vendê-lo para que o valor desse produto não fique ocioso em suas mãos. Por outro lado, porém, ele tem igual pressa em desfazer-se do dinheiro tampouco fique ocioso. Ora, não é possível desfazer-se de seu dinheiro, senão comprando um produto qualquer. Vê-se, portanto, que só o fato da criação de um produto abre, a partir desse mesmo instante, um mercado para outros produtos.” [Grifo nosso] (SAY, J-B., 1983, p. 139)
Por meio dessa lei, Say buscou-se evidenciar que toda produção a longo-prazo, a oferta se iguala à demanda e não há exagero de produção. Apenas no curto-prazo é que poderia ocorrer algum desequilíbrio como excesso de produção. Estando baseada em dois corolários principais: (OREIRO, 1992): Revelando assim o desejo e a capacidade dos indivíduos de quererem e poder comprar.
Produzir e querer comprar;
Produzir e poder comprar;
A Lei de Say pode ser sintetizada pela seguinte frase: “A oferta cria sua própria demanda”. Lewis (1969), por exemplo, apresenta uma interessante proposta de pensar economias com oferta de trabalho ilimitada. Contudo, o uso da Lei de Say por este autor se faz presente na seguinte ideia: “[como] a poupança nos interessa, devemos concentrar nossas atenções nos lucros e nas rendas” (LEWIS, 1969, p. 423).
Nurkse (1969), por sua vez, ao tratar de “países mais pobres”, entende que o consumo traz prejuízo ao investimento, em clara associação com a Lei de Say: “O problema é que (...) conduz diretamente a um maior consumo, ou tenta fazê-lo, em vez de conduzir ao investimento.