Lev Semenovich Vygotsky
SÓCIO-HISTÓRICO-CULTURAL
Lev Semenovich Vygotsky ((1896-1934) teve sua educação primária realizada em sua própria casa). Quem cuidou dos seus primeiros ensinamentos foi um matemático de nome Salomon Ashpiz, que durante muito tempo ficou exilado na Sibéria, por sua participação nos movimentos revolucionários de então. As aulas deste matemático eram repassadas apenas para alguns alunos privilegiados. Este professor fazia uso de um método que se assemelhava aos diálogos de Sócrates. (Rivière, 1988; Blanck, 1993, ambos citados em Baquero, 1998). Este é um detalhe bastante significativo na formação de suas idéias e, conseqüentemente, de seus conceitos. Vygotsky tinha o privilégio de ser membro de uma família com situação econômica razoável, diríamos até confortável, além de ser bem dotado intelectualmente e culturalmente. Sua casa era farta em livros. Havia um diálogo entre seu pai e os filhos, que se realizava em reuniões de grupo. Este fato dá a Vygotsky um grande estímulo intelectual, fazendo-o interessar-se pela reflexão e estudo em várias áreas do conhecimento. Sua formação básica foi toda realizada em casa, e só aos 15 anos ingressou numa escola. Em 1913, conclui seu curso secundário e, em 1917, forma-se em Direito pela Universidade de Moscou. Realizou ainda estudos de medicina, devido ao seu interesse pela neurologia.
Quando Vygotsky se impõe como uma importante figura no campo da Psicologia, o nome mais proeminente era o de Ivan Pavlov que, juntamente com John B. Watson, era adepto das teorias comportamentalistas que privilegiavam a associação do estímulo-resposta, cuja estratégia básica consistia em identificar as unidades da atividade humana, baseada num modelo atomístico, ou seja, fragmentado composto de relações lineares de causa e efeito, numa tentativa de explicar os processos cognitivos (Beyer, 1996). Watson, em 1913, nos Estados Unidos, traz para a Educação uma nova teoria que ficou conhecida por behaviorismo. Lima (1990)