Letras
Principal representante: Noam Chomsky Abordagem: Racionalista e Inatista (Formalista) Surgimento: 1957, com a publicação de Syntactic Structures A Teoria Gerativa foi a primeira a propor que a linguagem humana é uma capacidade inata, isto é, que ela tem sua origem antes do nascimento, sendo uma qualidade intrínseca do ser humano. Para Chomsky, o principal aspecto que diferencia a linguagem humana da comunicação animal é a nossa capacidade criativa. Na visão inatista de Chomsky é proposto que a criança possui uma Gramática Universal incorporada à própria estrutura de sua mente, isto é, a criança já nasce biologicamente (geneticamente) equipada com uma gramática onde se encontram todas as regras possíveis da todas as línguas, um enorme conteúdo de informações, isto é, uma gramática universal. Chomsky pauta seus argumentos para validar a teoria da gramática universal desta forma: “...a criança, que é exposta normalmente a uma fala precária, fragmentada, cheia de frases truncadas ou incompletas, é capaz de dominar um conjunto complexo de regras ou princípios básicos que constituem a gramática
internalizada do falante. (...). Um mecanismo ou dispositivo inato de aquisição da linguagem (...), que elabora hipóteses linguísticas sobre dados linguísticos primários (isto é, a língua a que a criança está exposta) e gera uma gramática especifica, que é a gramática da língua nativa da criança, de maneira relativamente fácil e com um certo grau de espontaneidade. Isto significa que esse mecanismo inato faz 'desabrochar' o que 'já está lá', através da projeção, nos dados do ambiente, de um conhecimento linguístico prévio, sintático por natureza”. A partir das ideias de Chomsky, a concepção racionalista dos estudos da linguagem foi revitalizada, mostrando que a capacidade humana de falar e entender uma língua, deve ser compreendida como resultado de um dispositivo inato, uma capacidade genética, interna ao organismo, e não completamente determinada pelo