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INSTITUTO MINEIRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR
PATRÍCIA RODRIGUES CANCILIERI DE FARIA
SIMONE NOGUEIRA CORREIA PIMENTA
EUZANA PEREIRA DOS SANTOS
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: UM NOVO OLHAR; UMA NOVA REALIDADE
AGOSTO
2014
UM NOVO OLHAR; UMA NOVA REALIDADE
Vivemos em uma sociedade onde cada vez mais temos nos deparado com a diversidade e uma tentativa de promover a inclusão. Isso não significa que estamos preparados tanto psicologicamente quanto pedagogicamente pra tratarmos de uma deficiência de caráter tão complexo quanto o TEA (Transtorno do Espectro Autista).
Os transtornos do espectro são considerados modernamente como um conjunto heterogêneo de síndromes clínicas, tendo em comum à tríade de comprometimentos da interação social recíproca, comunicação verbal e não verbal e comportamentos repetitivos estereotipados, variando num continuum, desde as formas mais graves até os mais leves.
O autismo se apresenta como uma anormalidade específica à condição cerebral, de origem complexa, assumindo-se como um transtorno no seu desenvolvimento comportamental. As suas manifestações comportamentais variam de acordo com fase em que o individuo se encontra e suas capacidades, embora as suas características gerais, presentes em todos os estádios de desenvolvimento, são perturbações no âmbito social em sua imaginação e convivência.
O desejo e a forma de interagir com o outro são inatos na espécie humana. Aparentemente, um equipamento biológico faz com que as pessoas despertem a curiosidade e o interesse do bebê. Logo nas primeiras horas de vida, diante de outras figuras, ele já demonstra preferência por um rosto. Esse elo, que falta ou está profundamente perturbado no autista, determina uma característica que vai acompanhá-lo a vida toda.
O grau de comprometimento é de intensidade variável: vai desde quadros mais leves, como a síndrome de Asperger (na qual não há comprometimento