letras
I) QUESTÕES OBJETIVAS
GABARITO NO FINAL DAS QUESTÕES
Texto 1
Código Virtual
A linguagem dos chats não é tão absurda quanto parece, desde que seja usada na hora certa
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Para a geração que cresceu em frente ao computador, escrever por códigos é tão natural quanto falar. Abreviações como vc (você) e pq (porque) são usadas dezenas de vezes enquanto os internautas batem papo. As abreviações assustam os puristas do idioma. E até entre os viciados em internet há quem abomine esse linguajar. Um grupo do Fóruns PC’s, uma comunidade de discussão virtual, lançou a campanha “Eu Sei Escrever”, a fim de moralizar a língua portuguesa. A turma tem uma comunidade no Orkut destinada a combater o que ela chama de “analfabetismo virtual”.
Mas para a lingüista Maria do Carmo Fontes, da PUC-SP, a linguagem de internet tem sua razão de ser. “Cada contexto vai permitir a criação de uma nova linguagem”, opina. “Se a idéia é ser mais ágil, é justo que se criem novas palavras e abreviações.” A lingüista chama a atenção para os contextos: “internetês” só serve num chat ou numa mensagem de celular. Até em e-mail deve ser evitado.
“Em uma prova, o professor não está avaliando se você é rápido, mas seu conhecimento daquela matéria e, claro, a norma culta do português”, compara a professora, que já pegou diversas vezes alunos escrevendo “mais” no lugar de “mas” de tanto usar o símbolo + nas conversas virtuais.
Alguns jovens sabem quando usar cada linguagem. A estudante Mariana Carvalho de Oliveira Rodrigues, de 15 anos, toma cuidado para usar a norma culta até mesmo quando envia e-mail a sua mãe. As abreviações são usadas apenas nos sites de bate-papo e no celular. “Em e-mail para professores, o máximo que deixo escapar é um ‘vc’ ”, explica Mariana.
Marcelo Bergonzoni, de 19 anos, aluno de Publicidade, fica até cinco horas na frente do computador por dia. Ele faz trabalhos da faculdade, ouve